férias da páscoa

Ora bem, nem sei por onde começar... Vou encarar este tema como um desafio pessoal ético-moral e o cacete...
Vou começar por definir as férias da Páscoa, tal como as conhecemos. São férias que ainda nem sequer começaram e já estão mesmo quase a acabar. Tipo carnaval mas com chocolates em formas tridimensionalmente elípticas. Geralmente é nestas alturas que vamos a casa dos familiares e eles nos põem muito à vontade de provar uns doces e sortidos de bolachas da Cuetara, abertos na altura do Natal e que agora não é preciso fazer muita força para os mastigar, mas que ainda assim é preciso ter cuidado para não se colarem ao céu da boca, de tão moles estarem estas iguarias e de tão fraco aspecto degustativo. Mas ir a casa de familiares comer sortidos de embalagens abertas desde outras festividades é o menos, porque com a sedentariedade que enfrentamos é quase crime oferecer chocolates e ovinhos da Páscoa aos mais pequenos. E é quase um milagre ver-se um molho de crianças a correrem na rua. Eu pessoalmente tenho medo de oferecer uma lembrançazinha doceira com receio que tenham um AVC ou qualquer merda desse género, visto que a obesidade da população Portuguesa está a passar uma fase em que nada tem a ver com "formosura" de outros tempos. Antigamente a Páscoa era para matar e comer um borrego valente, estafar uns litros desse sangue de Deus Nosso Senhor (bom vinho) e jogar às cartas até às tantas. Hoje é mais ver o que é que se passa no Farmville, comer um snack e passar todo o Santo dia a ver filmes ranhosos, maioritariamente repetidos. Mas antes assim, porque na hora das refeições em vez de darmos Graças a Deus por estarmos vivos, damos graças a nós mesmos por sobrevivermos à crise Portuguesa/Mundial que nos anima o Telejornal, todos os dias sem excepção.

Mas o que me aborrece verdadeiramente é que o calendário Português foi feito aos séculos e neles estão contidos feriados e férias católicas. Eu sou católico. E há gente que não louva nenhum Deus. Estão a ver onde eu estou a chegar? Nasce um ser humano, com sorte baptizam-no logo cedo, tem o privilégio (esquecido) de fazer a 1ª comunhão, e por aí fora, junta-se a família e celebram a união e a Paz e tal... E vejo por aí patifes que se muito bem calha nem se ajoelham a outro ser divino, festejando as férias da Páscoa como se fosse um verdadeiro Católico, crescido e criado. Valha-me "Nossa" Senhora...


Panda.

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